domingo, novembro 16, 2025

Lutas, jogos e esquinas

     Uma das coisas que gosto de fazer é deixar comentários nas caixas do jornal Público online. A maior parte das vezes fico com a sensação de quem ninguém leu ou, pelo menos, deu atenção ao que opinei. Deixar aqueles comentários é como tegar paredes ou mijar nas esquinas à maneira de cães e gatos. E eu opino, eu cago, eu mijo. Porque posso. 

    Deixo aqui alguns desses comentários. Descontextualizados ganham dimensões porventura inesperadas:

    O texto sintetiza o problema com clareza. Temo que a luta entre os educadores e as máquinas esteja a ser perdida pelos seres humanos. Em breve assistiremos aos resultados dessa luta. 

    Ora aqui está um belo motivo de reflexão para aqueles que andam para aí a ronronar que não faz sentido falar em luta de classes. Faz lá agora! Isso de renomear os trabalhadores como "colaboradores" é uma das coisas mais patéticas que o capitalismo já ensaiou mas que vai fazendo o seu caminho sem problemas de maior nos meios de comunicação social que, como todos sabemos, estão ao serviço da esquerda. 

    Estranha situação em que todos parecem querer atingir o mesmo fim e nada de concreto acontece. No meio desta teia complicada alguém está a falhar ou a querer falhar. 

    Pronto, não é preciso ficarmos assim, foi só um jogo de futebol. Roí a unha do indicador direito à espera que o Félix fosse lavar o cabelo, não estava era a contar que o senhor do côco perdesse as estribeiras. Apesar de tudo, um gajo está sempre à espera de um rasgo individual de um golito, de um milagre, qualquer coisa só que hoje... nada. Nadinha. Népias. É assim mesmo. Amanhã estará tudo bem outra vez.

    E por aí abaixo, como uma cascata a bater nas rochas com vontade de as transformar em seixos, em areia, em nada. 

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