A sensação reconfortante de que a nossa sociedade evolui continuamente é uma ilusão poderosa. Imaginamos uma espécie de Nirvana ao virar da esquina sem olharmos para trás, sem verificarmos se as coisas vão ficando nos lugares onde as deixámos.
As conquistas alcançadas não são eternas. Os impérios, afinal, acabam sempre por cair, aquilo que foi grandioso degrada-se, definha e perece. O poder está muito longe da solidez que aparenta ter de cada vez que se impõe e determina uma certa linha da realidade.
A felicidade alterna com momentos de tristeza, à euforia sucede o marasmo, a depressão. Um dia tudo acabará. Imagino que fique o silêncio e que o silêncio permaneça.
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