Desde os tempos em que o PREC foi ao fundo que temos sido governados por uma facção do Parlamento, ali do centro para a direita do hemiciclo. Ora sós, com maiorias absolutas do PS e do PPD, ora mal acompanhados, com o CDS ou com o PPM, criou-se uma espécie de aristocracia democrática que foi orientando as cenas em proveito de... não sei que diga. Em proveito de alguém, pronto, não quero parecer demasiado injusto.
Foi o ministro que se demitiu irrevogavelmente, se não estou em erro, quem criou a expressão "arco da governação" para designar aqueles que, na sua visão muito particular, tinham o "savoir faire" necessário para meter as mãos na massa da República. Claro que o seu partido fazia parte daquela nata social e ele, mais do que qualquer outro, tinha todo o direito de decidir os destinos da nação, submarinos incluídos.
Foi também este rapaz-maravilha quem, em tom jocoso e confiando na vinda do Mafarrico, designou por Geringonça o arranjinho com que Costa, Jerónimo e Catarina Martins lixaram bem lixado o "arco da governação". À direita ninguém acreditava que os comunistas fossem capazes de engolir tantos sapos mas a verdade é que eles se habituaram ao desagradável menu e lá vão mantendo a geringonça a funcionar aos soluços.
Estou convicto que as maiorias absolutas tendem a corromper a Democracia. Principalmente quando são figurões da estirpe de um Relvas ou de um Lelo do PS (só para dar dois exemplos de vigaristas encartados que me vieram de repente à memória) a orientar a formação de listas de candidatos a deputados e a puxarem os cordelinhos que fazem levantar e sentar os rabisoques nas bancadas da Assembleia.
A Geringonça funciona mal? Podia funcionar melhor mas não é capaz disso. No entanto prefiro esta Geringonça a cagar e a tossir do que o "arco da governação" em todo o seu esplendor.
Foi o ministro que se demitiu irrevogavelmente, se não estou em erro, quem criou a expressão "arco da governação" para designar aqueles que, na sua visão muito particular, tinham o "savoir faire" necessário para meter as mãos na massa da República. Claro que o seu partido fazia parte daquela nata social e ele, mais do que qualquer outro, tinha todo o direito de decidir os destinos da nação, submarinos incluídos.
Foi também este rapaz-maravilha quem, em tom jocoso e confiando na vinda do Mafarrico, designou por Geringonça o arranjinho com que Costa, Jerónimo e Catarina Martins lixaram bem lixado o "arco da governação". À direita ninguém acreditava que os comunistas fossem capazes de engolir tantos sapos mas a verdade é que eles se habituaram ao desagradável menu e lá vão mantendo a geringonça a funcionar aos soluços.
Estou convicto que as maiorias absolutas tendem a corromper a Democracia. Principalmente quando são figurões da estirpe de um Relvas ou de um Lelo do PS (só para dar dois exemplos de vigaristas encartados que me vieram de repente à memória) a orientar a formação de listas de candidatos a deputados e a puxarem os cordelinhos que fazem levantar e sentar os rabisoques nas bancadas da Assembleia.
A Geringonça funciona mal? Podia funcionar melhor mas não é capaz disso. No entanto prefiro esta Geringonça a cagar e a tossir do que o "arco da governação" em todo o seu esplendor.
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