sábado, novembro 19, 2016

Manhã de Inverno

Encosto as pernas no Sol que a janela da cozinha deixa entrar sem grande cerimónia. O frio do Inverno chegou faz apenas dois dias (ou três). Veio atrasado mas é como se nunca tivesse ido embora.

O Frio, quando chega, é sempre o mesmo. É um viajante. Quando regressa poderá vir mais ou menos cansado mas o seu toque permanece vigoroso, inconfundível. Daí que eu, que nunca me detenho em grandes contactos com o Sol de Verão, me deixe estar assim, encostado a este Sol, sentado no mocho da cozinha, depois de um largo café, queijo fresco, doce alentejano de tomate e framboesa, tostas quase sem sal e umas quantas páginas de O Delfim.

Grande Cardoso Pires, grande Cardoso Pires...

4 comentários:

Anónimo disse...

Preciso conhecer.

Silvares disse...

Um autor extraordinário que, por qualquer razão que me escapa, tem pouco reconhecimento fora de Portugal.

Jorge Pinheiro disse...

Um clássico.

Silvares disse...

Jorge, se pudesse punha um "like" no teu comentário.