Descia a avenida depois de umas horas na Biblioteca onde começara por ler e consultar as notas de A Paz de Aristófanes (diverti-me muito com o diálogo dos escravos que alimentam de merda o escaravelho que servirá de montada a Trigeu) e, já de saída, passei os olhos pelos primeiros versos de A Divina Comédia na tradução de Vasco Graça Moura.
Dizia eu que descia a avenida depois destas indolentes leituras quando fui assaltado pelas palavras que a seguir transcrevo:
A vida de cada um não passa de intervalo
durante o qual o corpo de alma é disfarçado.
durante o qual o corpo de alma é disfarçado.
Parei no passeio e registei a coisa no caderno que trazia no bolso esquerdo do casaco.
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