Já deixei de ser jovem há uns bons anos e estou-me bem a lixar. Não fosse uma dor aqui, uma azia ali, nem sequer havia de sentir o impulso de maldizer a idade. O que se perde numa perna ganha-se na cabeça, o que vai naquele braço fica a pairar no espírito. O corpo é o que mais se estraga (até ver), as peças gastam-se e não há como substituí-las. A juventude saudável é, sobretudo, um corpo que não se apercebe de si.
Valoriza-se muito a juventude, principalmente quando se é jovem. Do mesmo modo tendemos a considerar a velhice como uma oportunidade na busca de um sentido para o fim inevitável que se irá aproximando com o passar dos anos. Entretanto vamos vivendo.
O envelhecimento não é um drama por aí além... até ver.
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