Não sei bem, sinto-me dividido. Entre optimismo e pessimismo, o meu coração esfrangalha-se. Por um lado tenho fé na Ciência, por outro não acredito que este modo de vida dure muito mais tempo. Decerto morrerei antes do colapso fatal, a derrocada absoluta do sistema capitalista, mas sinto já o leve perfume da desgraça.
A Ciência tem limites? Poderá ser a Ciência a coisa mais próxima da Divindade, caso a Divindade seja mesmo uma invenção gerada no espírito humano pelo terror absoluto que é o da sensação de solidão cósmica? Pode a Ciência criar a Divindade?
Não sei bem, por vezes tenho a sensação de que a vida é coisa de laboratório, que os sentimentos que me animam são de origem artificial, que a História não é mais que um argumento criado por laboriosos escritores nem sempre brilhantes. Por vezes tenho a sensação que cada um de nós é inventado e que o Destino é apenas o próximo episódio.
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