Passam apressadas, com a urgência estampada no rosto, pessoas iguais a mim, cada uma transportando um mundo lá dentro. Vão daqui para ali, rápidas como águas de um rio revolto. Da parte que me toca faço um esforço tremendo para caminhar devagar.
Não falamos, trocamos olhares. Haveria tanta coisa a dizer! Ou talvez não. Talvez não conseguíssemos entender-nos caso tentássemos trocar duas ideias: toma lá; obrigado; dá cá; não tem de quê. Para que quero eu isto? Não me serve de nada.
Se calhar é melhor passarmos, apenas, um olhar que afaga o outro, uma ligeira carícia. Apetecia-me dizer: a senhora é tão bonita; mas temo ser mal compreendido. Calo-me. Sigo a minha vagarosa viagem para já aqui adiante.
Passam apressadas, com a ausência estampada no rosto, pessoas semelhantes a mim. Sinto que não sou ninguém mas, no entanto, estou aqui. Vagueando.
Não falamos, trocamos olhares. Haveria tanta coisa a dizer! Ou talvez não. Talvez não conseguíssemos entender-nos caso tentássemos trocar duas ideias: toma lá; obrigado; dá cá; não tem de quê. Para que quero eu isto? Não me serve de nada.
Se calhar é melhor passarmos, apenas, um olhar que afaga o outro, uma ligeira carícia. Apetecia-me dizer: a senhora é tão bonita; mas temo ser mal compreendido. Calo-me. Sigo a minha vagarosa viagem para já aqui adiante.
Passam apressadas, com a ausência estampada no rosto, pessoas semelhantes a mim. Sinto que não sou ninguém mas, no entanto, estou aqui. Vagueando.
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