O tempo está parado; é espesso como uma malga de sopa morna. Compreendo o que sentiria uma ervilha ou um pedaço de cenoura que tivesse escapado ao passevite, ficando a boiar enquanto não viesse a colher recolher-lhe a alma para a levar à boca de quem come.
O tédio é um bicho gordo e egoísta que se deita sobre os teus pensamentos e ali fica, sem fazer nada, a tapar a vista à imaginação, a peidar-se e a fingir que abana a cauda. Tentas enxotar a bestiola mas... qual quê! Dali não sai, dali ninguém a tira que ela é uma estátua plantada no jardim da tua inutilidade.
Não sinto o vento no rosto. Não sei se por estar um dia sossegado, se por ter as janelas todas fechadas. Não sei. Não me apetece saber.
Nem a leitura me ajuda a completar tanto espaço vazio que me entrou dentro do corpo.
O tédio é um bicho gordo e egoísta que se deita sobre os teus pensamentos e ali fica, sem fazer nada, a tapar a vista à imaginação, a peidar-se e a fingir que abana a cauda. Tentas enxotar a bestiola mas... qual quê! Dali não sai, dali ninguém a tira que ela é uma estátua plantada no jardim da tua inutilidade.
Não sinto o vento no rosto. Não sei se por estar um dia sossegado, se por ter as janelas todas fechadas. Não sei. Não me apetece saber.
Nem a leitura me ajuda a completar tanto espaço vazio que me entrou dentro do corpo.
Sem comentários:
Enviar um comentário